Azul negocia 90% das dívidas de arrendamento de aviões

A empresa aérea Azul divulgou, no início de março, que selou acordos com arrendadores representando mais de 90% de suas dívidas de leasing de aviões. Em setembro do ano passado, o valor dos débitos nos 12 meses seguintes era de cerca de R$ 3,8 bilhões. Os acordos fazem parte de um projeto da Azul para fortalecer a geração de caixa da companhia. Segundo a empresa, eles devem aperfeiçoar a estrutura de capital, além de oferecer aos arrendadores 100% dos valores antecipadamente combinados. Os acordos, ainda segundo a empresa, determinam que esses credores receberão um título de dívida negociável com vencimento em 2030 e ações precificadas. Os arrendadores representam 80% da dívida bruta nominal da empresa.

Produção de veículos leves e pesados tem alta de 0,8% no primeiro bimestre

A produção de veículos leves e pesados fechou o primeiro bimestre de 2023 com alta de 0,8% na comparação com o mesmo período de 2022. O número foi divulgado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foram produzidos 152,7 mil unidades em janeiro e 161,2 mil em fevereiro. Três fábricas da Volkswagen chegaram a interromper a produção por cerca de 10 dias devido à escassez de semicondutores. Fevereiro terminou com 129,9 mil veículos leves e pesados emplacados, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). A média diária chegou a 7.219 unidades, resultado melhor que o registrado em janeiro (6.493). As locadoras se sobressaíram entre os compradores, o que fez a participação das vendas diretas chegar a 43,9% do total de emplacamentos.

Seguro Transporte pagou R$ 2,8 bilhões em indenizações em 2022

Levantamento da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) mostra que, em 2022, o seguro transporte pagou mais de R$ 2,8 bilhões em indenizações — um aumento de 35,5%, se comparado com 2021. São três as modalidades de seguro transporte: embarcador nacional e embarcador internacional, seguros contratados pelo dono da carga — obrigatórios caso este seja pessoa jurídica, com exceção dos órgãos públicos; e o transportador, um seguro de responsabilidade civil contratado pelo transportador da carga.

Crescimento dos elétricos

O Brasil registrou a venda de 4.300 carros eletrificados em fevereiro. O resultado é 4,4% menor ao de janeiro, que contabilizou 4.500 emplacamentos, porém 23,7% maior ao de fevereiro do ano passado, quando 3.500 unidades foram comercializadas. Vale destacar que os dados não apresentam o número de vendas específicas dos carros 100% elétricos, ou seja, o balanço não difere os modelos elétricos dos híbridos. Os 8.800 carros elétricos e híbridos vendidos no primeiro bimestre de 2023 representam mais que o total registrado em todos os meses de 2018. No caso dos caminhões e ônibus elétricos e a gás, as vendas tiveram um salto de 157,1% em fevereiro, com 90 unidades comercializadas. No mês anterior, foram contabilizadas apenas 35. Em fevereiro de 2022, o resultado foi 55,2% maior, com a venda de 201 unidades.

Avião elétrico a hidrogênio completa primeiro voo

A empresa Universal Hydrogen realizou, em março, o primeiro voo de seu avião elétrico a hidrogênio para passageiros. A aeronave decolou do condado de Grant, Washington, nos Estados Unidos, e voou por 15 minutos. Para o voo, um dos motores foi trocado pelo trem de força elétrico. O outro motor padrão permaneceu para garantir a segurança do avião. Segundo a Universal Hydrogen, aviões movidos a combustíveis fósseis são convertidos para hidrogênio a partir do uso de um kit de conversão. Representantes da Connect Airlines, companhia aérea, já fez o primeiro pedido para a conversão de 75 aviões ATR 72-600 com trens de força da empresa. A Universal vai iniciar um programa de testes de dois anos, que deve permitir a certificação completa para voos de passageiros elétricos com a aeronave até 2025.

Ecopistas poderá captar até R$ 1,1 bilhão em debêntures incentivadas

O governo federal, por meio do Ministério dos Transportes, autorizou a concessionária Ecopistas a captar até R$ 1,1 bilhão para financiar obras de ampliação e manutenção das rodovias. As debêntures incentivadas são uma estrutura de funding de longo prazo, via mercado de capitais, destinadas a financiar projetos de infraestrutura considerados prioritários pelo governo federal. Essa iniciativa reduz taxas sobre o imposto de renda de empresas e de pessoas físicas — neste caso, ficam isentas do imposto de renda sobre os resultados dos recursos. Agora, a Ecopistas terá dois anos para captar os recursos e, na sequência, realizar as obras previstas no projeto aprovado.